quarta-feira, 30 de abril de 2014

Ajudar os pobres

     Bom dia, vai demorar um pouquinho para sair o próximo vídeo (alguns dias). Então resolvi escrever algo para não deixar o blog muito solitário. Esse "post" é uma continuação de outro: http://cur.lv/9fkbo . Mas o conteúdo deste Não pressupõe que você tenha lido o anterior.

     Nele defendi de uma forma bem precária que as pessoas têm responsabilidade moral de ajudar os pobres. Se as pessoas criam ONGs e outros grupos com esse propósito, é porque é cada membro se acha com essa obrigação. Um grupo não é por si só caridoso, mas ele pode ser assim chamado se seus membros se reunirem com o propósito da caridade.
      Quando uma pessoa altruísta participa de um grupo com objetivo de caridade, ela imagina que é mais benéfico ela se associar a tal grupo do que fazer tudo sozinha. Pode ser que ela contribua o máximo com essa organização e ache que isso basta. Pode ser que ela contribua um pouco com a organização e também se dedique a outra atividade "social" também.
     Espere um momento, vamos voltar à premissa: "Ela imagina que é mais benéfico ela se associar a tal grupo do que fazer tudo sozinha". Ou seja, a pessoa só irá colaborar com o grupo se confiar no mesmo.
     Continuemos. Uma organização como essa é formada por pessoas altruístas, elas (exatamente por serem altruístas) não iriam obrigar outras pessoas a colaborarem com seus projetos. Isso reforça a premissa de que só participam do grupo aqueles que acreditam no mesmo.

     Quem define se uma organização é ou não beneficente? O chefe ou os indivíduos que compõem a organização?
     Se o chefe é caridoso, ele pode OBRIGAR os membros a serem caridosos também? Se entendermos a caridade como uma conduta que possui necessariamente um componente subjetivo, então a resposta é "não".
     São os indivíduos que devem ser caridosos.
     Certo, vamos supor que sejam. Mas uma organização caridosa pode obrigar seus membros a doarem para a própria instituição? Não, isso é contraditório à própria caridade.
     Essa organização pode aceitar as doações, e, ao mesmo tempo, impedir que os membros caridosos façam doações por si mesmas? Não. Não seria caridade.

     O estado obriga as pessoas a "serem caridosas"*, como se isso fosse possível. Ao mesmo tempo, diz para as pessoas não serem caridosas em outras situações - ver http://www.ourinhos.sp.gov.br/noticia/482/secretaria-de-assistencia-social-alerta-populacao-para-nao-dar-esmolas-a-populacao-de-rua/
     Uma organização não pode ser caridosa sem o consentimento de seus membros. Se fizer isso, está agindo sem legitimidade. A sociedade que faz isso deixa de ser uma sociedade democrática e se torna despótica.

      E os pobres? Quem irá ajudá-los sem o estado? (argumento do tipo "who will built the roads?")
     A própria população pode ajudar. Há duas possibilidades: Ajudar outras instituições ou ajudar diretamente os pobres.
     Não há ONGs que ajudam os pobres? Não existem campanhas às quais participam escolas, igrejas e outras organizações? Não podemos dar esmolas?
     Uma pessoa que participa de uma campanha de doação do agasalho não está ajudando? É claro que sim.
     Como podemos ver somente o estado como solução? E muitas vezes como primeira ou melhor solução não obstante suas falhas?
     Mais caridade só se obtém com mais conscientização. Campanhas que ensinem que é bom ajudar o próximo. Igrejas que ensinem a olhar os pobres. Visitas a instituições beneficentes. Não se consegue caridade com uma lei (por exemplo, não há caridade em uma lei que obriga as pessoas a "doarem" agasalhos).
* Só existiria esse tipo de caridade (pela imposição de terceiro) se você entender caridade como aquilo que o Robin Hood fazia: "Roubar dos ricos para das aos pobres". E o roubo do outro se torna sua caridade.


Tenham um bom dia!
Aproveitem e curtam a página no facebook: https://www.facebook.com/pages/Cop%C3%A1zio-de-Saber/1412921775615957

segunda-feira, 28 de abril de 2014

[vídeo] a moeda

     Mais um vídeo feito. Acho que o vídeo anterior, esse e os próximos não são de uma qualidade profissional. Contudo, acho que é uma boa experiência para mim principalmente. Não sei o que estão achando. Se quiserem, eu posto o vídeo e também faço um texto sobre o assunto (acho que me expresso melhor nos textos).
    Dou continuidade ao cálculo econômico. Agora, falo sobre a moeda, que é essencial para se entender a impossibilidade de planejamento econômico no socialismo.



Espero que gostem! Tenham um bom dia!

sábado, 26 de abril de 2014

[vídeo] Teoria do valor subjetivo

     Bom dia, gente. Aviso que estou retornando à atividade após um final de semana sem postagem. Essa semana não vou escrever um texto, mas sim publicar um vídeo.
     Não acho que ficou muito bom nem profissional, até lá vai um longo tempo. Mas para isso preciso de me acostumar a falar para uma câmera, o que é bem diferente. Espero que gostem.

     Esse é o primeiro de uma série de vídeos em que explicarei a impossibilidade do cálculo econômico no socialismo, talvez a mais poderosa crítica que se pode fazer. Este vídeo trato da teoria do valor subjetivo da escola austríaca de economia que apresenta um novo paradigma para diversas áreas.
     A teoria subjetiva explica o que é valor.


     Mais uma vez, espero que gostem.


     Tenham um bom dia!

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Ainda sobre a ditadura: professor da USP defendendo a ditadura

     Saiu um vídeo de um professor lendo um texto de sua autoria em defesa da ditadura militar no Brasil. Eis o vídeo para quem não viu:

1. O vídeo

     Vou direto ao ponto: Acho que o que os alunos e o professor fizeram foi errado. O professor está errado não pelas ideias, mas por por, ao meu ver, o que ele falar não ter relação com sua função de professor.Veja pelo seguinte ângulo: Um professor de uma disciplina não deve ficar falando sobre um assunto que não tem relação com a aula. Eu sei que isso acontece, e que pode haver pessoas que defendam que o professor ensine os alunos diversos conteúdos, não se restringido a sua área. Mas acho que ele pode falar de outras coisas, até de outras áreas, desde que tenha alguma relação com a matéria. Isso é uma opinião pessoal.
     Eu sei que isso acontece muito. Muitos professores fazem doutrinação do que acreditam. Isso continua errado para mim (ao menos que faça parte da aula, vale lembrar).
     Pior do que o professor, para mim, são os alunos que invadiram a sala. Se os alunos achavam que o professor estava errado, então que o desafiassem "no campo das ideias". Uma disputa entre pessoas na USP (e em qualquer outra faculdade, vale lembrar) não deveria ser quem grita mais alto. Os alunos invadiram a aula. Se eles não concordam com o que o professor fez, que tentassem dialogar, enviar uma carta demonstrando insatisfação ou até tentar uma medida administrativa. Que os alunos fizessem a baderna no horário de intervalo.
     Algumas pessoas diriam que o que os alunos fizeram é um tipo de censura. Acho que a palavra é muito forte para essa situação, mas há um fundo de verdade. Falar é querer ser ouvido. Se você pode falar mas não é permitido que ninguém ouça, que tipo de direito de expressão é esse? É uma situação análoga a você ter liberdade de expressão dentro de um quarto com abafadores de som e sozinho.
     Se você discorda das minhas opiniões, pode se expressar nos comentários (e ser ouvido).

2. O texto.

     Por favor, leiam o texto que ele escreveu antes de lerem o que escrevi. Acho que facilmente encontrarão no Google.

     Em primeiro lugar, o que me chama atenção são os princípios que ele irá seguir.
     Eu encontro algumas contradições. Não sei se todos concordam comigo, mas "aristocratismo" [sic] não me parece combinar com "liberalismo". "Euro-brasilidade" [sic] não parece combinar com "pan-americanismo". Se alguém conseguir mantê-los sem recorrer ao duplipensar, poste nos comentários.
     Ainda sobre os princípios, gostei de verdade do professor ter colocado em ordem alfabética. É sério. Acho que confere uma organização legal dos princípios.
     Eu, como um direitista, achei bastante ilustrativo os termos: "Planeta Vermelho", "Humanidade Vermelha", "Holocausto Vermelho", "o maios completo fracasso de uma ideologia"*, "Peste Rubra" (esse eu achei incrível). Embora os veja um pouco apaixonados demais para serem usados na maioria das discussões racionais. Como ilustrações, cabem em algumas situações, mas nem tanto em um ambiente acadêmico - ao meu ver.
     *Aqui, discordo do professor. A ideologia pode ser falha em alguns pontos, mas o que uma ideologia precisa para se manter é de pessoas que acreditem, e não necessariamente funcionar.
     O professor diz que o Brasil está imune à mentalidade comunista. Isso eu também discordo enfaticamente. Não estamos imunes, tanto que há muitas ideias de esquerda transitando livremente na cabeça de muitos brasileiros. Nesse mesmo sentido, ele afirma depois que no Brasil predomina o pensamento capitalista Direitista/liberal, o que eu discordo. Os discursos não são sobre a diminuição do poder do estado, sobre a liberdade. São sobre o aumento das funções do estado.
     Quando diz que o capitalismo e o liberalismo não são ideologias, mas consistem na evolução natural da civilização, eu concordo em parte. Eu ainda considero ideologias no sentido de estarem no mundo das ideias. Tenho receio em dizer que consistem na evolução natural da civilização pois Marx defendia isso também, mas que elas seriam superadas pelo comunismo. Na verdade, eu acho que são conceitos ligados à essência humana (ao contrário do comunismo), eles já estavam de certa forma presentes mesmo antes, mas só se manifestaram com mais força nos últimos séculos.




Acho que bastam os meus comentários.
     Nesse post creio que injetei muito de minha ideologia, pelo menos mais do que gostaria, mas que assim seja.


Se tiverem críticas, comentários etc. sintam-se à vontade.


Tenham uma boa noite!

terça-feira, 8 de abril de 2014

Em defesa do indefensável - ditadura militar - parte 4

4. A ditadura foi conservadora

     Eu iria escrever "A ditadura era de direita", mas teria que justificar o que é direita, então resolvi deixar de lado. Vamos falar sobre o conservadorismo e a ditadura.
     Parece claro que a ditadura surgiu por influência conservadora - lembremos da Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
     E outra, a ditadura foi contra o comunismo, então ela só poderia ser conservadora. Ops. Essa frase está incorreta. Um movimento contra o comunismo não é conservador. Em vez de explicar com minhas próprias palavras, vou citar Aldous Huxcley (o autor de "Admirável Mundo Novo"):
     (Ele não fala da ditadura militar no Brasil, obviamente, mas as frase se encaixa como uma luva.)
     "Eram agressores e sem dúvida ávidos de proveito e glória, mas também eram conservadores, determinados a todo custo a manter seu mundo intacto, em plena atividade"
      (A frase a seguir se refere dos anos 1900 a 1930 aproximadamente)
     "Nos últimos trinta anos não houve conservadores, mas só nacionalistas radicais de esquerda e nacionalistas radicais de direita".
  
     Posso ser contrariado pelos conservadores, mas acredito que a ditadura militar bebe muito do conservadorismo (não disse que a ditadura foi completamente conservadora) no sentido de querer mais manter a ordem do que controlar como cada um deve viver sua vida. Nesse sentido, ele é muito diferente dos estados comunistas (tal como aconteceram), fascistas e nazistas.
     Muitos dos excessos não vêm do conservadorismo, mas sim do fato de ser um estado de exceção. Qual estado de exceção, seja de direita ou de esquerda, não toma medidas drásticas?
     O governo toma medidas no estado de exceção que não seriam tomadas em situações ordinárias, normais. (Ah, é por isso que chama estado de exceção)

      Ainda sobre o tema, é preciso ser justo e dizer que a ditadura sofreu influência de uma ideia progressista mais do que de um conservadorismo. O progressismo é uma ideologia que acredita ser dever do governo acelerar o desenvolvimento econômico e social. Nesse ponto me parece um tanto contraditório dizer que houve uma "mistura" da ideologia conservadora e progressista que são antagônicas entre si, o que acham?
     Contudo, vejo o conservadorismo e o progressismo coexistindo no regime, assim como uma solução de água e óleo. Ambas no mesmo recipiente, contudo ainda distinguíveis entre si. Como se ao juntar o preto e o branco, não formasse o cinza, só se continuasse o preto e o branco.
  


     Você poderia estar se perguntando por que não ataquei o regime militar também. Por que só o defendi? Ora, acredito que em meu texto eu tenha trazido as minhas críticas ao regime militar, embora tenha dado muito mais ênfase (e bote "muito" nisso) em rebater as críticas.
     O regime* agiu várias vezes com violência? Sim.
     O regime* matou pessoas?  Sim
     O regime* foi contra a liberdade de expressão? Sim (considere isso implícito no "estado de exceção")
     O regime foi antidemocrático? Sim.
     Contudo em cada uma dessas frases eu tenho minhas considerações. Concordo, mas não exagere.

* O "regime" não age, não mata, não persegue. Quem faz isso são as pessoas. Não quero entrar nessa discussão agora. Fica aqui apenas esse rápido comentário.


Tenham uma boa noite!
E viva à Revolução de 64!

Obs.: Acabou essa série do "em defesa do indefensável". O que acharam? Amanhã tentarei postar um último post relacionado à ditadura.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Em defesa do indefensável - a ditadura militar - parte 3

3. " A ditadura só trouxe desgraças para o Brasil"

     Não é bem assim. Vamos primeiro nos lembrar do milagre econômico. O que é um milagre econômico? É um momento em que um país tem um grande crescimento econômico ao se abrir para países estrangeiros. Imagine um país "atrasado". Quando ele se abre para a economia internacional, recebe novos produtos, meios, técnicas etc. Isso faz com que ele aumente sua produtividade.
     Qual é a causa eficiente do milagre econômico? Quero dizer, onde está a força motriz que irá proporcionar esse crescimento? Está no mercado externo. Quando o país se abre, o mercado externo investe no mercado interno ou vende novos meios e técnicas de produção. Foi o regime militar que proporcionou o milagre econômico? Sim e não.
     O que o regime militar fez foi abrir o país. Nesse sentido, ele foi o responsável pelo milagre econômico. Mas também o que ele fez foi apenas soltar os grilhões que prendiam a economia nacional, nesse sentido ele não fez nada de mais. Contudo, é preciso lembrar que foi o regime militar, e, não outro governo, que proporcionou o milagre econômico.
     Mas vale lembrar que além da abertura, o regime militar iniciou vários projetos e adotou algumas medidas.
     O site http://www.suapesquisa.com/ditadura/milagre_economico.htm diz que houve um crescimento do PIB de 7 a 13% ao ano, crescimento de indústrias base e diminuição do desemprego, embora houvesse inflação muito alta e aumento de dívidas externas.

     Outro assunto importante não muito lembrado é na legislação. Durante o regime militar surgiram varias leis interessantes (os atos institucionais não estão entre elas).
     Comecemos pelo Código Florestal, de 1965. Já existia um código anterior, mas foi no regime militar que se aprovou esse Código.
     Depois vamos para a Constituição de 1974. Ela traz muitas ideias inovadoras para a legislação brasileira, como enumerar os tipos normativos (AIs não estavam no hall), fala sobre o papel da polícia federal (muitos de seus deveres continuam), traz a ideia de um governo mais ativo, com o dever de cumprir metas de desenvolvimento (o que a atual constituição amplia exageradamente), a possibilidade de intervenção do governo federal nos estados surge constitucionalmente nesse momento e se mantém em nossa constituição, traz as garantias parlamentares (não, elas não surgiram na atual constituição. Surgiram em pleno regime militar!).

     Sem falar em músicas que o pessoal gosta.

Obs.: Eu não disse em nenhum momento que essas coisas boas que a ditadura trouxe justificam a violência que ocorreu. O que defendo é que a ditadura não é um momento do qual não podemos tirar coisas boas que ela trouxe. Ainda bem que não jogamos fora todos os avanços que os militares trouxeram, senão seriam anos jogados fora.


Tenham uma boa noite,
E viva à Revolução de 64!

domingo, 6 de abril de 2014

Em defesa do indefensável - a ditadura militar - parte 2

Em continuidade ao post anterior,

2. "A ditadura foi um regime antidemocrático"

     Agora teremos que adentrar um pouco mais na história.

2.1. O regime militar surgiu de forma antidemocrática?
     O que importa agora é se o regime militar nasceu antidemocrático. Os militares subiram ao poder por interesses próprios sem legitimidade alguma?
     Vamos nos lembrar dos momentos antes do golpe. Presidente do Brasil (democraticamente eleito): Jânio Quadros. Vice: (também democraticamente eleito) "Jango". Jânio queria mais poder, então enviou um pedido de renúncia esperando que pedissem para ele permanecer no governo recebendo mais poder. Tudo ia bem no estratagema, mas o então presidente esqueceu um detalhe: Combinar com os outros políticos a seguirem o plano.
     Mas porque ele esperava que os políticos pedissem para ele ficar? Por temerem o vice, Jango. Jango tinha a fama de ser comunista, e nesse momento estava em viagem na China comunista. Os professores de história costumam dizer que Jango não era comunista, isso foi uma história contada pelos opositores.

      De fato, Jango flertava com muitas ideias comunistas, tinham relações com "países" comunistas. Mas não se declarava comunista.
     O autor do link abaixo cita algumas desconfianças para um golpe comunista: Já houve uma tentativa de golpe comunista armado antes (intentona comunista), documentos sobre treinamento de guerrilha em países comunistas, Jango quase decretou "estado de sítio" para obter poder para realizar algumas políticas, infiltração de comunistas em vários grupos da sociedade e o precedente de Cuba.
      Se Cuba era uma espécie de "troféu" para a URSS, que era ter um país comunista ao lado do centro do capitalismo, os EUA, imagina ter um país do tamanho do Brasil? A URSS tentou, mas os militares chegaram antes. Independente de Jango ser ou não comunista (eu acho que era, mas é opinião minha), a URSS queria o Brasil e já estava em rumo a consegui-lo.

     Mas esse não é assunto principal. Vamos nos lembrar da "Marcha da Família com Deus pela Liberdade". 150 mil pessoas participaram. Tudo bem, eles não representam a maioria do povo brasileiro. Contudo, elas se manifestaram contra o Jango sem internet para coordenar. Houve uma certa legitimidade no golpe, embora não tenha havido um plebiscito perguntado se os brasileiros queriam ou não.

2.2. Essa certa legitimidade se manteve durante o regime?
     Qual era o desejo dos manifestantes, ou pelo menos de grande parte? Que os militares viessem, retirassem Jango do poder e promovessem novas eleições. O que aconteceu? Os militares vieram, retiraram Jango do poder e não promoveram novas eleições.
     O momento que melhor representa isso foi o AI-5, que alguns chamam de "Golpe dentro do golpe". Os militares deram o golpe legitimados por uma parcela da população (minoria, eu sei). Então deram um golpe dentro do golpe em nome da ordem.
     Se você desconfiava que o primeiro golpe não era verdadeiramente legítimo, o segundo golpe certamente não foi.

2.3. Extra - Outros regimes antidemocráticos:
     Se o regime militar foi antidemocrático, pela mesma lógica, é bom lembrar, nenhum governo comunista é democrático. Eles se deram por revoluções armadas que não necessariamente tinham apoio da maioria da população.
     Se você acredita que os regimes socialistas reais foram democráticos por "representarem a população", embora não tivessem apoio formal da "maioria da população", então considere que o regime militar também foi democrático, já que eles queriam o bem do Brasil e do povo brasileiro, mesmo sem o apoio formal.


Link
http://visaopanoramica.net/2014/03/29/cinco-grandes-mentiras-sobre-o-golpe-de-64/


Tenham uma boa noite,
E viva à Revolução de 64!
(isso foi para provocar, percebem?)

sábado, 5 de abril de 2014

Em defesa do indefensável - ditadura militar - parte 1

     Como alguns de vocês sabem, essa semana que passou se comemora a Revolução de 64 (ou Golpe Militar). Há muita briga sobre esse tema e pouca discussão. As pessoas que atacam a ditadura (ou seja, a maioria dos intelectuais) a veem como um mal absoluto, o momento negro da história brasileira. As pessoas que defendem a ditadura desprezam as fatos negativos que ocorreram.
     Então estou aqui para apresentar alguns pontos, é claro que será de maneira tendenciosa - isso não significa que irei mentir.
     Defenderei a ditadura? Prefiro dizer que defendo a realidade dos fatos. Se houver dois caminhos: atacar a ditadura ou defendê-la, creio que eu me ajuste mais à defesa dela.
     Se você não parou de ler na frase acima, lembre-se de Nelson Rodrigues, "A unanimidade é burra". Tenho uma estranha tendência a nadar contra a correnteza. Quando a coletividade grita que X, como se fosse uma verdade inquestionável, então acho que há um burrice escondida.

Obs.: Título baseado na obra "Defendendo o indefensável", que não tem nada a ver com a ditadura militar. Mas é uma obra bem legal. Fica a dica.

Obs. 2: Vou postar mais postagens dos dias 6 ao 9

1. "A ditadura militar foi violenta e matou milhares de pessoas no Brasil"
     De fato, houve muita violência e mortes. Mas vamos começar primeiro com o número. Não morreram milhares de pessoas vítimas da ditadura. Oficialmente há quase trezentos mortos. Ora, Lucas, mas há pessoas desaparecidas que provavelmente morreram. Sim, atento/a leitor/a, e sabe qual o número de mortos segundo a oposição? Mil? Dois mil? Menos de quinhentas pessoas! Não, não foram menos de quinhentas mil. Foram menos de quinhentas!
     Uma vida é importante? Sim, com certeza. Não estou dizendo que morreram quinhentas pessoas, então tudo bem. Estou dizendo que não morreram tantas pessoas quanto os opositores fazem parecer. Para uma comparação acesse o link imediatamente abaixo.
      25 anos - 500 pessoas. Para ver comparações com outros eventos, acesse: http://copaziodesaber.blogspot.com.br/2014/02/estatisticas-de-mortos-em-diversos.html
     E quanto à violência? A ditadura foi violenta. Depende do que você considera violento, ou se você acha que há violência legítima.
     Vê-se pelo número de mortos que a violência não foi uma carnificina de proporções dantescas, um holocausto. Foi violento? Sim foi. Mas nem tanto quanto se parece ter sido pelos comentários. Tem um caso bastante interessante ilustrado no livro "1968, o ano que não terminou" - capítulo "Entre a cruz e a espada". Houve uma missa para um dos mortos da ditadura. Os militares sabiam que haveria uma grande aglomeração e foram lá para impedirem que a situação fugisse do controle - eles intimidavam as pessoas pela mera presença. Estava um clima muito tenso, mas entende-se que os militares NÃO QUERIAM sangue. Eles estavam lá por dever de manter a ordem, não por serem homens sádicos que queriam bater nas pessoas. Tanto que embora nervosos e preparados para a briga, não houve conflito nesse momento. Houve até uma ação dos padres para isso, muito bonito. Vale a pena ler. O que importa é que os militares não saíram distribuindo porrada, eles temiam que tivessem de fazê-lo.
      Enfatizo para quem já esqueceu: Foi violento! Mas não foi tão violento.

     A ditadura queria uma ordem, uma paz. Isso não a impedia de ser violenta caso achasse necessário. Mas o fato é que a ditadura não saiu caçando comunistas pelo mero fato de serem comunistas. É claro que pode haver exceções, mas a ditadura se preocupava mais com os comunistas violentos.
     Parte da direita atual diz que tanto isso é verdade que a esquerda não violenta fugiu para os espaços acadêmicos, deixando um pensamento que se mantém até hoje, mas não é assunto para esse post.

Fontes:
  http://www.averdadesufocada.com/index.php/textos-de-terceiros-site-34/201-2911-os-mortos-da-ditadura-mito-e-realidade
 "1968, o ano que não terminou"


Tenham uma boa noite,
E viva à Revolução de 64!
(coloquei isso só para provocar)

terça-feira, 1 de abril de 2014

Agora sou vlogger

      Notícia da hora ("em cima da hora", inesperada, quero dizer)

     Acabei de publicar meu primeiro vídeo. Espero que gere um pouquinho de polêmica.



É isso. Não sei com que frequência poderei postar, mas está aí o vídeo inaugural: Imagine Hitler quase subindo ao poder quando é impedido pela população.

Se gostarem ou não, comentem, curtam ou negativem. Se me preferirem só como blogger, avisem.

Obs.: continuarei postando textos.


Tenham uma boa noite!