quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Se quer uma coisa bem feita...

     Vou começar com uma pergunta: Imagine que você deseja muito comprar uma cama nova para seu quarto. Está pesquisando as camas e os seus preços e não encontra nenhuma que lhe agrade. Na última loja, você encontra uma perfeita. Quando vai ver o preço, acha que ele está muito caro. Mas você quer a cama, e este é o último estabelecimento. O que você faz?

a) Assalta a loja
a) Vai para outra loja e compra uma cama não tão boa
b) Tenta conversar com o dono do estabelecimento para ver se consegue comprar mais barato
c) Chama sua família, explica a situação e busca alguma solução (unirem-se financeiramente para comprar a cama ou para decidirem uma estratégia superior)
d) Chama o prefeito da cidade para brigar com o dono do estabelecimento por vender os produtos muito caro
e) Escreve uma carta para o/a presidente da República reclamando que o preço das camas boas está muito alto, então ela deve adotar imediatamente medidas que abaixem o preço.
f) (só válida para teístas(oposto de ateu, só que no plural)) Convoca seu/s deus/s para que a fúria divina recaia sobre os capitalistas malvados e para que lhe seja concedida uma nova cama da mais fina seda e das mais macias penas.

     Não, não direi que há uma resposta certa universal, mas vou dizer minha opinião.
     Para mim, é evidente que a resposta certa é a alternativa 'b'. Por um motivo bastante simples: se um indivíduo pode resolver seu problema, ele resolve, não chama instituições mais complexas para que resolvam por ele.
     Se o indivíduo não consegue, ele recorre à família, se a família não consegue, ela recorre à sua comunidade ou sociedade (aqui representada pelo prefeito), se eles não conseguem, recorrem a uma esfera superior (o/a presidente), se nada disso for possível, então pede para Deus ou desiste da ideia.
     A ideia é não ir direto aos órgãos máximos, mas aos menores. Em primeiro lugar, eles podem ter coisas mais importantes para fazer (o/a presidente poderia estar tomando chá com os ministros em um picnic, por exemplo). Em segundo, é um desperdício de tempo, de trabalho e de processos, não envolva mais elementos nos problemas do que o necessário, tome a decisão mais simples se a questão for simples.

     Deixo uma pergunta para acabar, dessa vez sem minha opinião explícita:

     Uma lanchonete vende, junto dos lanches, brinquedos muito legais que são a paixão da garotada. Você é um pai ou uma mãe e seu filho está desesperado para conseguir o brinquedo. Vocês combinaram que ele só comeria o lanche uma vez por semana (ou por ano, para ser mais saudável), seu filho já atingiu essa cota. Contudo, ele deseja o brinquedo o lanche. O que você faz?

a) Compra o lanche, você não consegue dizer 'não' para o seu filhinho querido mesmo em situações absurdas, como naquela vez que ele pediu as facas da cozinha para imitar o malabarista
b) Diz 'não', tenta explicar a ele que foi combinado
c) Diz 'não', conversa com o dono do estabelecimento para parar de dar brinquedos de brinde
d) Diz 'não', reúne sua família para convencer seu filho de que lanche não é saudável
e) Diz 'não', chama o padre ou o pastor para explicar que os bens materiais (o brinquedo) são a desgraça de todos
f) Diz 'não', invade o estabelecimento com um lança-chamas e provoca sublimação daqueles brinquedos infernais
f) Diz 'sim', liga para o governado dizendo que é uma falta de vergonha na cara permitirem que façam propagandas com brinquedos, pois não há quem resista a eles.
g) Diz 'sim', pois é impossível combater essa tentação, e inicia campanhas para mudar a Constituição Federal de forma a proibir esse atentado à infância.
h) Tenho uma resposta diferente

     Tenham um bom dia!

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