Olá, leitores e leitoras. Creio que vocês já ouviram falar da greve da USP (Unicamp e Unesp também). A USP está com prejuízos econômicos, então paralisou obras e não pretende aumentar os salários de professores e servidores. Uma das soluções que se imaginaram foi de uma suposta "privatização". Aqui, vou explicar o que essa proposta diz e por que não é uma privatização.
Uma solução para a USP é aumentar a arrecadação por meio de uma tarifa mensal aos estudantes. Seria como uma mensalidade. Cobrar, digamos, 100 reais de cada aluno poderia arrecadar o suficiente para diminuir a situação crítica. Os defensores dessa proposta dizem que até se poderia não cobrar dos alunos mais pobres se apresentarem algum comprovante.
Uma privatização (ou despolitização, termo mais bonito) ocorre quando o bem de produção se torna propriedade privada. Por exemplo, quando a Petrobrás, empresa pública, foi vendida para empreendedores.
No caso da USP, não se pretende que ela seja vendida, nem mesmo administrada por particulares. Não se pretende transferir a propriedade da instituição. Assim, não é uma privatização. O que seria essa proposta? Seria uma tarifação do serviço, como quando o município cobra uma tarifa para se usar o teatro municipal em determinado dia. O estado continua gerindo e sendo o proprietário, mas cobra um preço pelo uso.
É isso, só queria explicar que essa proposta não é privatização.
Meu tempo é (muito) escasso. Não vou defender a privatização aqui, se houver alguém interessado, sugiro o livro "Privatize JÁ", do Rodrigo Constantino. Muito bom.
Tenham um bom dia!
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