Não estou com paciência para falar sobre o plebiscito constituinte. Mas vou falar algo que é importante para essa discussão: por que discutimos tanto a má representatividade?
Há alguns lugares-comuns quando se discute algo mais político. Por exemplo, educação. Parece que qualquer tema se resolve com educação. Eis uma postagem que fala que a educação não é tão boa assim: http://observatorioconservador.com.br/educacao-e-a-solucao-nao/. Eis um vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ULE1SmvnnWs. Contudo não é educação o tema. O tema é outro lugar comum para as discussões: a má representação do povo.
Há alguns lugares-comuns quando se discute algo mais político. Por exemplo, educação. Parece que qualquer tema se resolve com educação. Eis uma postagem que fala que a educação não é tão boa assim: http://observatorioconservador.com.br/educacao-e-a-solucao-nao/. Eis um vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ULE1SmvnnWs. Contudo não é educação o tema. O tema é outro lugar comum para as discussões: a má representação do povo.
Para evitar mal entendidos, eu não estou dizendo que sou contra educação ou melhor representação, nem estou dizendo que esses não são problemas na nossa realidade. O que digo é que essas soluções não são milagrosas.
Quais são as situações em que se costuma recorrer a esse lugar-comum? Geralmente, quando se discute sobre algum "direito" garantido pelo nosso amoroso Leviathan, como saúde, educação, transporte público, segurança, para citar os pontos mais normais. Como esses serviços públicos estão tão longe de um padrão adequado quanto o liberalismo está do Brasil, a população reclama. Inconscientemente (ou mesmo conscientemente) cada cidadão pensa: "Se eu estivesse no governo, daria mais atenção à saúde, educação, segurança etc.". Ora, qualquer pessoa sabe que o Brasil está com enormes problemas, e nós pagamos muitos, muitos, muitos tributos. A conclusão que se tira é: Os políticos são incompetentes e não representam os verdadeiros anseios do povo.
Pronto, fiz um panorama do raciocínio que nos leva (ou pelo menos me leva) a pensar na representação como um grande problema, e de fato é.
Mas, Lucas, se conseguirmos eleger políticos abnegados e benevolentes que escutem ao menos as demandas óbvias do povo, não resolveremos todos os problema do nosso Brasil? (Tudo bem, estou exagerando um pouco)
Não é bem assim. Nenhum ser humano e nem mesmo um computador conseguiriam organizar a estrutura do estado para garantir todos os nossos "direitos". Não há inteligência terrena que consiga juntar todas as variáveis inerentes à existência e as processem de forma a administrar satisfatoriamente nossa sociedade. Quanto mais papéis o governo quer interpretar (de médico, professor, banco, guarda...), pior será seu desempenho em todos os outros. Ao tentar abarcar tudo, ele não abarca nada. Há um provérbio em inglês que diz "if you chase two rabbits, you will lose them both" (se você caçar dois coelhos, você perderá ambos), quanto mais você mais coisas você tiver, menos atenção poderá dedicar a ela. É preferível ter um único coelho que você consegue cuidar do que dois que você não consegue.
Se levarmos todas as nossa demandas para um estado central superpoderoso, ele não conseguirá processar devidamente tudo. E também será muito mais difícil fiscalizar esse governo. É fácil fiscalizar um governo que cuide de três ou quatro funções. É humanamente impossível fiscalizar um governo que tente cuidar de trinta funções.
A falácia da democracia é difícil de ser derrubada. Hoje há uma crença de que a democracia (democracia aqui entendida como participação/representação do povo) irá nos livrar de todos os nossos males. Isso não é verdade. A única maneira de resolver seu problema não é delegar a outro, é você pegar em armas e lutar. Por favor, não entendam que eu sou contrário à democracia. O que digo é que a democracia é um falso deus, uma ideologia, que acredita poder levar a um paraíso temporal. O que digo é que não podemos idealizara a democracia. Mesmo assim, podemos amá-la e defendê-la, mas não podemos manter uma fé cega nela.
Acima foi minha primeira crítica à ideia da representação. Outra crítica se segue abaixo:
Há alguns anos, defenderam que deveríamos reduzir a pobreza para reduzir a criminalidade. Isso parecia fazer sentido. Hoje, diminuímos a pobreza, mas a criminalidade não diminuiu. É claro que há outros fatores envolvidos, mas essa "experiência" frustou as ideias de muitos intelectuais. Não sei se essa foi a opinião dominante, mas ela prova que as pessoas se enganam. Não existe na coletividade nenhum ganho que qualidade que garanta o sucesso. A democracia não leva necessariamente ao bem, ao melhor.
Então, Lucas, você defende a monarquia, oligarquia ou algo assim? Não, eu gosto muito da democracia, mas acho que ela está sendo louvada como um deus sendo que não é tão milagrosa. Parece que é o governo mais juto. Contudo, a forma de governo me é uma questão secundária. A questão principal é discutirmos o que o governo pode fazer e o que o governo deve fazer.
Voltando para minha primeira crítica, vou elucidar alguns aspectos:
1 - as pessoas pensam que a representação é a solução para os grandes problemas.
2 - o governo não consegue resolver os grandes problemas.
3 - Portanto, o governo não está representando a população.
Eis um silogismo válido com uma premissa errada. O problema é que queremos que o governo resolva nossos problemas sendo que ele não consegue ou não é responsabilidade dele. Queremos que ele nos dê segurança, mas não queremos nos armar. Queremos que ele seja fraternal, mas não o somos. Queremos que ele regule a economia, mas ele é incapaz (e jamais será capaz) disso (veja o link na descrição sobre o cálculo econômico). Vamos primeiro pensar o que o estado pode resolver. Desses elementos, distinguir o que é somente nossa obrigação. Se sobrarem elementos, veremos que muitas disputas políticas atuais perderam o sentido.
Tenham um bom dia!
Links:
Cálculo econômico: https://www.youtube.com/playlist?list=PLZQW14lbj0l7QF11KRPRhNsdTy0kHF_a5
Leitura recomendada: "A lei", de Bastiat - http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=17 (estou preparando um vídeo sobre esse livro, em breve posto o link)
Obs.: Por favor, marquem abaixo as reações sobre o post. Isso é importante para que eu saiba o que estão achando das minhas postagens.
Sintam-se à vontade para comentar, criticar, sugerir.
Aproveitem, e curtam a página do blog no Facebook:
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Então, Lucas, você defende a monarquia, oligarquia ou algo assim? Não, eu gosto muito da democracia, mas acho que ela está sendo louvada como um deus sendo que não é tão milagrosa. Parece que é o governo mais juto. Contudo, a forma de governo me é uma questão secundária. A questão principal é discutirmos o que o governo pode fazer e o que o governo deve fazer.
Voltando para minha primeira crítica, vou elucidar alguns aspectos:
1 - as pessoas pensam que a representação é a solução para os grandes problemas.
2 - o governo não consegue resolver os grandes problemas.
3 - Portanto, o governo não está representando a população.
Eis um silogismo válido com uma premissa errada. O problema é que queremos que o governo resolva nossos problemas sendo que ele não consegue ou não é responsabilidade dele. Queremos que ele nos dê segurança, mas não queremos nos armar. Queremos que ele seja fraternal, mas não o somos. Queremos que ele regule a economia, mas ele é incapaz (e jamais será capaz) disso (veja o link na descrição sobre o cálculo econômico). Vamos primeiro pensar o que o estado pode resolver. Desses elementos, distinguir o que é somente nossa obrigação. Se sobrarem elementos, veremos que muitas disputas políticas atuais perderam o sentido.
Tenham um bom dia!
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