"tivemos a participação de 1.744.872 pessoas em todo o país, destas 96,9% (1.691.006) votaram SIM à Constituinte do Sistema Político, e 3,1% (53.866) votaram NÃO." (retirado de http://plebiscitoconstituinte.org.br/noticia/comunicado-secretaria-operativa-nacional)Comparemos com a população de eleitores: 142.822.046 (http://www.tse.jus.br/eleitor/estatisticas-de-eleitorado/consulta-quantitativo). Ou seja, tivemos a participação de aproximadamente 1,22%. Votaram favoráveis aproximadamente 1,18 % da população que pode votar.
O sistema político considera que 1% da população merece representatividade política direta, já que é preciso de 1% da assinatura dos brasileiros para uma proposta de iniciativa popular. A lei que pode ser proposta pela iniciativa popular NÃO pode modificar a Constituição, apenas leis inferiores.
Lembremos do que estamos falando:
1) Visa mudar a Constituição para uma reforma política --> Que reforma política? Ninguém sabe que tipo de reforma, a pergunta é apenas se quer ou não que modifique a base de nossa estrutura política.
2) Quem organiza? Quem organiza é tendencioso e quer que as pessoas votem, e mais do que isso, querem que as pessoas votem SIM. Há vários partidos e políticos que estão apoiando o plebiscito (sem querer desmerecer por isso, é apenas um dado).
3) Como foi feita a divulgação? Os organizadores induziam a responder SIM. Pouca divulgação, muitas pessoas ficaram sabendo apenas na hora de votar. Sinceramente, todos podem ter o direito de voto, mas não são todos que podem exercê-lo, quem não está preocupado com política e apenas se interessa na época de eleição não está pronto para exercer esse direito de forma adequada. (momento desabafo) Essas pessoas deveriam votar em branco pelo simples motivo de não terem conhecimento de política ou dos candidatos. O problema, o grande problema, é que essas pessoas querem exercer o direito de voto, mas não querem arcar com a responsabilidade que antecede uma votação (além das responsabilidades após a eleição) - falo por mim mesmo, queria votar como se o voto fosse algo necessário em si, mesmo que não estivesse maduro, mesmo que não conhecesse política.
Agora, creio que o número tende a crescer (ainda porque tenho suspeitas de que alguém poderia votar duas, três vezes, mas isso não é relevante nesse texto) com a computação dos votos nas urnas. A melhor solução para os políticos honestos que queiram ouvir o povo é propor um plebiscito de verdade, organizado oficialmente, com ampla divulgação e debates de ideias, com um tempo razoável de planejamento e discussão. O resultado, como foi e será divulgado, não pode ser considerado pelos políticos. É claro que essa é minha opinião, e tenho poucas esperanças de que ela se realize.
Tenham um bom dia!
E o decreto 8.243?
Obs.: Por favor, marquem abaixo as reações sobre o post. Isso é importante para que eu saiba o que estão achando das minhas postagens.
Sintam-se à vontade para comentar, criticar, sugerir.
Aproveitem, e curtam a página do blog no Facebook:
https://www.facebook.com/pages/Cop%C3%A1zio-de-Saber/1412921775615957
Nenhum comentário:
Postar um comentário