Esse denominador comum parece-me ser um vício da pessoa consigo mesma. Não é um problema entre o indivíduo e a sociedade. O problema é que muitas pessoas não possuem uma estabilidade emocional. Não possuem autoconfiança.
"A mente verdadeira pode superar todas as mentiras e ilusões sem se perder. O coração verdadeiro pode lidar com o veneno do ódio sem sofrer danos. Desde tempos imemoriais, as trevas viscejam no vazio, mas sempre se rendem à luz purificadora". (Tartaruga-Leão da série Avatar, a lenda de Aang)
Qual é o grande problema que vejo nas pessoas hoje? Sobretudo nos jovens?
Poderíamos citar vários problemas: incapacidade de lutar contra os vícios, incapacidade de dizer "não", não gostar de falar em público, agressividade, não conseguir receber críticas, irritabilidade, medo de assumir riscos e responsabilidades, inércia, incapacidade de ficar só e medo de solidão, impulsividade, ódio generalizado, sociedade do consumo, superficialidade, busca desmedida por prazer etc.
O que acredito é que esses problemas (não todos os problemas que afligem as pessoas, mas grande parte deles) possuem uma raiz em comum. Ao se tratar essa pedra angular que sustenta todos esses problemas, o ser humano poderia se corrigir.
Embora essa pessoa se aceite como um todo, não significa que ela não quer melhorar suas partes. Essa pessoa não muda para satisfazer as demandas do mundo, mas para buscar o próprio bem estar. Essa pessoa aceita as críticas. Ela sabe que é imperfeita, que comete erros. Contudo, ela não é seus erros ou acertos, ela é ela mesma. Críticas atingem seus erros, não sua essência. Quando alguém critica seu íntimo, a pessoa com alta autoestima ouve, para entender se concorda com a crítica. Se concorda, tenta mudar não pelo crítico, mas por si mesmo. Se discorda, ignora as críticas por não serem reais.
Essa pessoa pode não gostar de falar em público. Isso é um gosto pessoal. Todavia, ela sabe que se tiver que falar não há o que temer.
Não digo que há pessoa que seja completamente autoconfiante. Há um limite individual sobre a quantidade de pressão relativo a determinado tema. Contudo, a pessoa autoconfiante é mais serena, ela consegue resistir às pressões quotidianas sem explodir. Seu dia-a-dia é tranquilo.
Também não digo que eu sou tal pessoa. Posso dizer somente que melhorei sobre esse respeito. Lembro que há alguns anos, uma grande amiga minha disse "Se você for mudar, deve fazer por si mesmo, e não pelos outros" em um momento em que eu era (ou estava?) bem menos estável emocionalmente do que agora. Talvez não sejam as exatas palavras, o que minha memória gravou foram as ideias. Tais singelas palavras ficaram no fundo de minha consciência como um lembrete de que somos imperfeitos e devemos buscar melhorar, contudo a força da mudança vem de dentro, e não de fora.
Se há algum educador lendo, peço, mesmo sabendo que posso estar completamente equivocado, que ensinem as crianças a se aceitarem. Ensinem que cada indivíduo é um fim em si mesmo. Cabe aqui uma frase de Sartre:
"O importante não é o que fizeram de nós, mas o que fizemos com o que fizeram de nós"
É isso. Espero que tenham gostado.
Tenham um bom dia!
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