Continuação do post http://copaziodesaber.blogspot.com.br/2013/12/economia-como-se-definem-os-precos.html - Como se definem os preços?
Adam Smith disse que o mercado tinha uma espécie de equilíbrio sem um controle central, como houvesse uma mão invisível que possibilitasse a coordenação de todo o processo. Muitas pessoas dizem que o mercado não funciona, que a mão invisível não tem fundamento e outras críticas. Há economistas, contudo, que afirmam enfaticamente que o mercado funciona. Aqui irei explicar um dos processos que ocorrem e que permite a cooperação entre compradores e vendedores.
Parte 1 - comprador - demanda
Como expliquei no post anterior (ver link acima), cada pessoa valora de forma diferente as coisas. Tomemos por exemplo uma lata de refrigerante. Há três pessoas, João, Maria e Fábio. Os três têm 10 reais e querem tomar refrigerante. João não está com muita sede e prefere refrigerante à 3 reais. Maria já está com uma sede considerável, e prefere refrigerante à 5 reais. Fábio está com muita sede e prefere o refrigerante à 8 reais.
Observamos que à um preço baixo - 3 reais - há três pessoas que comprariam o refrigerante. Quando o preço sobe, para 5 reais, há apenas duas pessoas. À 8 reais só Fábio iria comprar.
Parte 2 - vendedor - oferta
Vamos imaginar em um primeiro momento que só exista a loja da Julieta. Imagine que Julieta prefira 8 reais ao refrigerante. Para ela, 5 reais são pouco. Nesse caso, só conseguirá vender para Fábio.
Imagine, então, que venha para a cidade o Lúcio. Lúcio também é vendedor de refrigerantes. Diferente de Julieta, ele aceita 5 reais pelo refrigerante. Se ele resolve abrir sua loja, ele pode vender por 8 reais como faz Julieta ou por 5. Se ele vende por 8 pode ou não ter um comprador. Mas se ele resolve vender por 5, então ele não só tem certeza que Fábio comprará dele como também poderá atrair outros compradores, no caso, Maria.
Caso venda por 5,o que ele provavelmente fará, Julieta deve ser capaz de abaixar seu preço também. Caso não consiga, não conseguirá mais vender, vai à falência, irá perder qualquer interesse em continuar sua venda.
Observamos o que parece ser um paradoxo. Se o preço está alto, mais pessoas irão querer vender. Quanto mais pessoas entrarem, mais o preço tende a abaixar - quando Lúcio entrou no comércio, o preço diminuiu. Na verdade, isso não é um paradoxo. O que acontece é que há uma busca por um equilíbrio, o preço tende a ficar estável, quando abaixa há mecanismos que o impedem de cair muito. Quando sobe, impede-se de subir muito. Esses mecanismos só diminuem a variação, mas não conseguem transformar a queda de preços em subida e nem vice versa. Só amenizam.
Parte 3 - conclusão
Quando os preços sobem, diminuem os consumidores e aumentam os vendedores. Há uma tendência a diminuir os preços - o que significa que os preços não subirão muito ou que voltarão para o início.
Quando os preços abaixam, aumentam os consumidores e diminuem os vendedores. Há uma tendência a aumentar os preços - o que significa que os preços não abaixarão muito ou que voltarão para o início.
Seja qual for a mudança dos preços, o mercado irá tender a um novo equilíbrio, seja o mesmo que do início, seja outro diferente.
Ao se atingir um equilíbrio, o preço não irá tender a subir nem abaixar, e nem haverá pessoas querendo entrar ou sair do mercado.
Esse é um dos mecanismos que funcionam no mercado. Impede grandes variações, preserva o equilíbrio, garante a satisfação de consumidores e vendedores e faz com que só os melhores vendedores se preservem no mercado.
Tenham um bom dia!
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