quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Evolucionismo parte 1

     Bom dia, já assistiram Power Rangers? Até onde minha memória me permite ir, não gostava muito, contudo me lembro que eles tinham grandes robôs em que cada Ranger controlava uma parte. Se minha memória me enganou, então considerem o filme "Círculo de Fogo" ou um em que o menino gênio Dexter cria uma máquina do tempo e acaba, junto com outros Dexters, criando um robô para derrotar seu rival.
     Mas vamos imaginar algo mais complexo do que meia dúzia de Rangers controlando um robô. Imagine uns, digamos, 27 mil Rangers controlando robôs gigantes. Acontece que os Rangers podem mudar a cor, podem controlar mais músculos, alguns podem acrescentar braços, espadas e outras melhorias.
    Você encontrará alguns Rangers que não parecem fazer nada. Eles conversam com uns e com outros, andam de lá para cá. Mas como esses preguiçosos poderiam ter passado no teste para serem Rangers? Bem, eles devem ter alguma característica boa. Após muito pensar, os leigos descobriram que eles ajudam a equipe a se entender. Eles são responsáveis pela união de colegas que não se dariam bem. Eles ajudam a diminuir eventuais brigas.
     Mas quem seria sábio o suficiente para selecionar esses 27 mil Rangers? Não é um trabalho gigantesco? Em minha história, é o ser mais sábio de todos, a dona Tureza.
     Nesse mundo que inventamos, existem mais de 8,7 milhões de classes de robôs. E cada classe tem muitos robôs diferentes. Como Tureza teve a habilidade de criar tantos, e cada um melhor do que o outro? Como selecionar os Rangers para cada um?
     Tureza sabia que seria uma tarefa hercúlea, provavelmente impossível criar robôs perfeitos (perfeito = totalmente feito, acabado), que pudessem se manter durante toda a existência. Assim, Tureza abandonou a ideia de criar robôs perfeitos, com Rangers insubstituíveis. Criou um modelo em que, por tentativa e erro, os Rangers encontravam seus lugares.
     Você deve imaginar que era muito caótico. No começo pode ter sido muito, mas nem tanto quanto você imagina. Inicialmente havia poucos robôs, então havia poucos lugares. Tureza disse que quem gostasse do lugar em que ficou poderia escolher permanecer em vez de tentar a sorte em outro. Na primeira troca, foram muitos que escolheram mudar. Depois foram menos, depois menos e assim sucessivamente.
     Mas não se podia ter certeza de que os robôs estavam sento controlados pelos melhores Rangers em cada lugar. Então periodicamente se realizavam trocas. Se fosse mais eficiente, os novos Rangers permaneciam. Nesse momento já havia mais robôs no mundo. Cada robô se desenvolvia de forma diferente, e cada robô produzia mais dos seus (robôs mineradores produziam robôs mineradores). Algumas vezes um robô abandonava a tarefa a qual foi designado (robô minerador de carvão para robô minerador de esmeralda), também por tentativa e erro.
     Durante a passagem do tempo, alguns robôs eram abandonados pois tinham sido superados.

     Bem, mas como surgiam novos Rangers? Por um processo mitótico em que um rangem criava um clone de si mesmo. O Ranger vermelho se dividia em dois Rangers vermelhos. Contudo, esse processo de divisão não era perfeito, resultando em Rangers ligeiramente diferentes. (Um ranger cinza origina outro cinza e outro cinza claro). Quando se formava um novo robô, os Rangers do robô que criou o novo se dividiam e os novos passavam a habitar o antigo.
     Mas qual a motivação dos Rangers? Por que eles faziam isso?
     Aí a surpresa: eles faziam por egoísmo.
     O Ranger amarelo queria que sua linhagem de Rangers amarelos sobrevivessem. Por quê? Pois os Rangers que não pensavam assim não se multiplicavam tão rápido e eram ultrapassados em número pelos outros.
     Os Rangers ficavam cada vez melhores em suas funções para que o robô que controlassem fosse o melhor e produzisse mais robôs. Com mais robôs, os Rangers poderiam se dividir com mais frequência e se disseminar.
     Mas o egoísmo não impedia os Rangers de serem amigos. Quando eram amigos, podiam combinar suas qualidades de forma a melhorar o robô. (o movimento dos dedos com o movimento da mão). Quanto mais unidos, mais fortes.
     Os robôs parecidos começaram a cooperar com seus semelhantes. Por quê? Quanto mais parecidos, maior a chance de um Ranger da mesma cor estar no outro. Então, com muita tentativa e erro, os robôs passaram a cooperar entre si. Quanto mais semelhantes, maior a chance de se ajudarem.

     Observações finais
     Não são os robôs que são egoístas, são os Rangers.
     Robôs e Rangers não são perfeitos, são mutáveis.
     Para introdução, pense nos Rangers como genes e nos robôs como os indivíduos. Mais tarde veremos outra ideia.
     A ideia a qual me baseio é uma teoria evolucionista, não sei se existe outras que divergem da minha ideia de evolução.
     Para quem gostou, sugiro o livro "O gene egoísta".
     Irei criar mais postagem que usam esse texto como base, assim sendo, me comuniquem em caso de dúvidas, problemas etc.


Tenham um bom dia!

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