Inicio com algumas frases impactantes, que serão referidas no texto.
"Tudo o que é necessário para o triunfo do mal é que os homens de bem nada façam" - Edmund Burke
"Entre o bem e o mal, eu escolho a paz" - Nx Zero
Hoje vou escrever sobre o bem e o mal (assunto muito amplo, eu sei). A pergunta inicial é: Há apenas o bem e o mal, ou há neutralidade?
Vamos começar com alguns exemplos seguindo a frase de Burke:
a) Você está caminhando por um parque. Está sozinho observando um lago. Sobre o lago há uma ponte alta por onde passam várias pessoas. Eis que uma senhora acompanhada por sua filha de tenra idade caminham pela ponte. Por um descuido e uma série de infelizes coincidências, a filha escorrega da ponte e cai. No lago há várias pedras, muitas com pontas. Não obstante a falta de sorte da filha, ela cai exatamente em um local sem pedras. Contudo, ela começa a se afogar. Você olha ao redor e não há outra viva alma por perto. Você sabe nadar bem, embora o lago não seja tão fundo. Não há nada para jogar à criança. Nessa situação, você pensa em várias possibilidades: i) Salvar a criança; ii) Sair correndo procurando por ajuda (embora não haja ninguém perto); iii) Não fazer nada; iv) Atirar pedras na criança para ela morrer logo; v) Xingar a mãe descuidada etc.
b) Você está caminhando por uma rua. Passa por um policial, que está estacionado, observando. Ao chegar na esquina, olha para a rua perpendicular àquela a qual anda e vê um assalto. Nem a vítima e nem o assaltante o veem. i) Você pensa imediatamente em avisar o policial de que ocorre um assalto. ii) Também pensa em seguir caminhando sem se envolver. iii) Também pensa em falar para o assaltante dividir parte do dinheiro para você não entregá-lo.

Nessas situações, a qualquer pessoa de bom senso, parece clara a distinção entre as opções moralmente boas e as opções moralmente más. Vamos dividir as opções em três grupos:
1° - Ações boas - o agente faz ativamente algo bom. (a - i; b - i)
2° - Condutas passivas - o agente não faz nada. (a - ii, iii; b - ii)
3° - Ações más - o agente faz ativamente algo mau. (a - iv, v; b - iii)
Ora, as opções moralmente boas coincidem com o grupo das "ações boas". As opções moralmente más coincidem com o grupo das "ações não boas", do grupo resultante da união entre "condutas passivas" e "ações más". Quando há um mal que se pode evitar, o não fazer nada é um mal.
A luta contra o mal é uma luta constante. A luta por uma sociedade justa é um combate ativo, em que cada indivíduo deve participar. Uma vez puras, as águas de um lago tendem lentamente a se corromperem, por isso deve-se sempre lutar para que as águas se mantenham plácidas. Contudo, o triunfo do bem neste mundo é instável: Uma única gota de óleo pode poluir até mil litros de água. O mal atrai os homens. As pessoas devem lutar ativamente por um mundo melhor.
Cabe aqui um alerta. Há ações más nelas mesmas. Não se pode fazer o bem empregando o mal como meio. Não se pode roubar para fazer o bem. Quem quiser o bem, comece por converter-se a si mesmo. O que é uma sociedade, senão um coletivo de pessoas? Como mudar uma sociedade senão mudando os indivíduos? E a quem melhor começar ensinando o bem senão a si mesmo? Depois, que tal os amigos e a família? A melhor propaganda é a boca a boca. Uma política pública encontra dificuldades para atingir o núcleo mais profundo da cultura. Tais mudanças devem ocorrer em cada indivíduo, em cada núcleo familiar.
Muitos ditadores tentam mudar o mundo antes de mudarem eles próprios, e trouxeram desgraças para o mundo. Grandes homens começam por mudarem eles mesmos antes do mundo.
Tenham um bom dia!
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